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Enxaqueca: tudo o que você precisa saber sobre o assunto!

Atualizado: 31 de mar.


A enxaqueca, também conhecida como migrânea, é um tipo de dor de cabeça muito comum e que pode causar graves problemas no seu dia-a-dia e piorar muito a sua qualidade de vida!

Ela surge com mais frequência em mulheres jovens, mas pode acometer indivíduos de todas as faixas etárias e gêneros. Estima-se que um quarto das mulheres entre 30 e 40 anos tenha enxaqueca.


Por isso, caso você suspeite que sofra de enxaqueca, é muito importante procurar atendimento para uma avaliação e início de tratamento adequado. Assim, você impedirá que a enxaqueca prejudique sua qualidade de vida.



E qual é o médico especialista em enxaqueca?

O médico especialista no diagnóstico, tratamento e acompanhamento da enxaqueca é o neurologista.


Dr. Lucas Savelli, neurologista

O Dr. Lucas Savelli é médico neurologista formado pela Philipps-Universität Marburg (Alemanha) e pelo Hospital Universitário Pedro Ernesto (UERJ) e atende em seu consultório particular em Botafogo e na Barra da Tijuca. Além disso, trabalha na equipe de Neurologia do Hospital Samaritano de Botafogo e é Membro Titular da Academia Brasileira de Neurologia. Tem grande experiência na avaliação, diagnóstico e tratamento de pacientes com enxaqueca.




Quais são os sintomas da enxaqueca?


A dor de cabeça intensa é o principal sintoma da enxaqueca. Porém é importante lembrar que a dor de cabeça tem algumas características específicas:


A dor, em geral, está presente em somente um lado da cabeça, mas a localização pode variar.


  • Costuma ser latejante e/ou pulsátil


  • Tem intensidade moderada à forte


  • Acompanhada por náuseas e/ou vómitos com frequência


  • Acompanhada por incômodo causado pela luz ou por sons


  • Piora durante realização de atividade física



Alguns pacientes podem, inclusive, já 48 horas antes do início da dor, começar a se sentir cansados, irritados e a apresentar sensibilidade excessiva à luz e a sons.


Também é possível que surjam outros sintomas neurológicos antes do início da dor, como por exemplo, alterações visuais (pontos brilhantes) e dormência em determinadas partes do corpo. Esses sintomas são conhecidos como aura.



Como é feito o diagnóstico de enxaqueca?


O diagnóstico é feito através da análise das características da dor e de um exame neurológico completo. 


Exames de imagem
Exames de imagem

Exames de imagem só são necessários caso haja algum achado durante o exame neurológico que chame a atenção ou caso as características da dor do paciente sejam atípicas. Nessas situações, a ressonância magnética do crânio é realizada para que outros diagnósticos sejam pesquisados.


Como é feito o tratamento?


O tratamento é baseado em três pilares


  1. Em primeiro lugar, é necessário tratar as crise de enxaqueca com medicações específicas, como por exemplo, o Sumatriptano e o Naratriptano. Essas medicações funcionam muito bem e tem poucas contraindicações ao uso. Nos casos em que o paciente tem outros sintomas neurológicos antes do início da dor (aura), pode ser interessante fazer uso da medicação antes que a dor atinja seu pico de intensidade.


  2. Em segundo lugar, é importante iniciar tratamento com medicações preventivas, ou seja, que evitam que as crises ocorram ou que diminuem sua frequência. Essa é uma medida importante para pacientes que apresentam muitas crises no mês que prejudicam sua qualidade de vida. Existem algumas opções, como por exemplo, Amitriptilina, Topiramato e Propranolol.

    Essas medicações foram desenvolvidas inicialmente para o tratamento de outras condições, mas após diversos estudos estabeleceu-se que elas têm a capacidade de reduzir a frequência das crises e melhorar a qualidade de vida de pacientes portadores de enxaqueca. Durante a avaliação com o neurologista, deve-se decidir em conjunto qual dessas medicações é mais adequada para cada paciente. Para tanto, levam-se em consideração as características do paciente e também a presença de outras doenças, como por exemplo, ansiedade e pressão alta.

    Em casos que não respondem bem às medicações de primeira escolha, também existe a possibilidade de iniciar tratamento com medicações mais novas. Essas medicações são aplicadas com uma seringa sob a pele uma vez ao mês e também funcionam muito bem. A principal delas é o Galcanezumabe


  3. Por último, é muito relevante que o neurologista converse com o paciente sobre possíveis "gatilhos” para a enxaqueca, como por exemplo, alimentos que contenham cafeína, refrigerantes, alguns alimentos embutidos e alguns tipos de queijo. ´E necessário que cada paciente observe quais são seus gatilhos e que tente evitá-los se possível para reduzir a chance de apresentar crises de dor.


Como é feito o acompanhamento?



Durante o acompanhamento, é importante que o paciente preencha o seu "diário da dor”. Assim, o neurologista e o paciente poderão avaliar a frequência da dor, em que situações as crises começaram, se fez uso de medicações e se a dor cessou ou não após o uso. Dessa forma, nas consultas será possível realizar ajustes em doses caso necessário com o intuito de manter as crises bem controladas e impedir que atrapalhem a vida do paciente. Caso as crises estejam muito bem controladas é possível, caso o paciente deseje, reduzir as doses da medicação. Porém, vale lembrar que não há nenhuma contraindicação ao uso das medicações que tratam enxaqueca a longo prazo. O importante mesmo é viver sem dor!



Um abraço e até logo,


Lucas Savelli

Neurologista




 
 
 

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